24.3.11

Origem etimológica de Rebordãos

Sempre ouvi dizer que quem sabe latim sabe mais de português e, como consequência, pode intuitivamente aprender mais e melhor qualquer outra língua românica. Como todas as crenças, tem o seu lado de verdade e o seu de menor veracidade.

Efectivamente, o português é uma língua românica, chamada também língua romance ou novilatina, uma vez que nasceu do Latim, trazida pelos romanos aquando da pré-invasão (de que Trás-os-Montes foi alvo) e das invasões romanas posteriores. O Latim pertencia ao grupo itálico que, por sua vez, pertencia à mega-família Proto-Indo-Europeia. A esta mega-família, pertencem línguas como o alemão, o inglês, o finlandês, o lituano, o búlgaro, o polaco, o bengali, entre muitas outras, pertencentes a diferentes famílias de línguas.

Revordanus seria então o nome da actual aldeia, outrora vila aforada, de Rebordãos. Etimologicamente falando, esta palavra sofreu ao longo dos séculos um conjunto de fenómenos fonéticos que a transformaram na sua forma actual. Revordanus seria a forma de nominativo, ou seja, o primeiro caso da segunda declinação (maioritariamente masculina) que desempenhava a função sintáctica de sujeito: “Revordanus belum est” [Rebordãos é belo]. No entanto, a Linguística Diacrónica, aquela que estuda a história da língua, diz-nos que a entrada do léxico romano no dialecto português de então deu-se por meio do acusativo, terceiro caso declinacional, com a função sintáctica de complemento directo: Revordanum.

Desta forma, revordanum teria sido o nome da aldeia que, por regra do acusativo, sofre uma apócope, isto é, a queda do -m final. Ter-se-á também dado a nasalação do a devido à influência do -n- intervocálico (entre vogais) e a consequente síncope desse mesmo n, novamente a queda de um som dentro de uma palavra.

Finalmente, resta referir a alteração do /v/ para /b/, uma espécie de ensurdecimento da consoante sonora numa surda, provavelmente designada como assimilação parcial, numa tentativa de tornar um segmento sonoro mais semelhante a outro próximo, neste caso o /d/.

No entanto, todas estas alterações terão ocorrido em cadeia numa determinada progressão temporal, não necessariamente coincidente com a apresentada. Por exemplo, a queda do -n- intervocálico data do século IX.

Quando falamos de história da língua, há muitas incertezas e, como tal, também esta breve explicação diacrónica pode não estar totalmente correcta.

21.8.10

OS símbolos vexilológicos da aldeia de Rebordãos

Os símbolos de um local físico ou pessoa colectiva, nomeadamente bandeiras, estandartes e insígnias, são estudados pela vexilologia, isto é, o estudo heráldico dos seus elementos constitutivos e dos seus significados. O termo foi cunhado pelo americano Whitney Smith em 1957 e provém do latim vexillum, que designava os estandartes usados pelos exércitos romanos. Existem diversas recomendações e regulamentos nacionais e internacionais para a criação, por exemplo de bandeiras e estandartes, mas alguns dos princípios orientadores são a simplicidade, o simbolismo, a limitação do número de cores, o evitar de legendas ou emblemas e o ser distintivo e representativo de uma única realidade.
Descobri recentemente que Rebordãos possuía alguns destes símbolos de acordo com informações disponilibilizadas pela CMB (http://www.cm-braganca.pt/document/448112/505022.pdf), que, no entanto, não disponibiliza as imagens em ficheiro separado, tendo sido por outra fonte que se obtiveram as imagens apresentadas.
Assim, segundo a autarquia, o brasão é constituído por um escudo de prata encimado por uma coroa mural (também de prata) com três torres, indicativas de povoação simples ou freguesia urbana. O escudo compõe-se de um pelourinho em negro, com um ramo de carvalho negral com três folhas, em cada um dos lados do peloutingo. As folhas são de cor verde com 2 bolotas douradas, por baixo das quais 3 montanhas se erguem também em cor verde. Sob o escudo, encontra-se um listel branco com a legenda em letras pretas "REBORDÃOS", sem qualquer tipo de epíteto.


Por outro lado, a bandeira e estandarte (exclusivamente para desfile) são lisas e verdes, com brasão de três torres. No caso do estandarte (aquele abaixo apresentado), possui ainda cordão e borlas de verde e ouro e ainda haste e lança também de ouro.


Finalmente, o selo é redondo com a legenda "Junta de Freguesia de Rebordãos - Bragança" e é composto pelos mesmos símbolos que os restantes, mas todos em preto. Este símbolo não foi possível encontrar na WWW.
Para quem conhece minimamente Rebordãos, compreende-se que os símbolos usados no brasão representam na perfeição a aldeia: o pelourinho da aldeia (que ainda aguarda enquadramento mais digno para a sua longa existência); os ramos de carvalho negral, característico da paisagem circundante em grande abundância e outrora do país, símbolo de força moral e física; e as montanhas verdejantes que circundam a aldeia e a definem no seu cerne.
Uma outra simbologia importante é a do carvalho: este é muitas vezes considerado uma árvore sagrada, por exemplo pela sua robustez e a capacidade de atrair os raios e, desta forma, controlar as tempestades. Mais tarde, o seu carácter igualmente mágico levou a que a sua madeira fosse incluída em poções mágicas. Foi usado como o símbolo de Zeus e do seu equivalente romano, Júpiter, assim como da deusa Diana. A sua capacidade de se associar aos deuses e aos céus foi notória, daí a carga que ainda carrega.

27.2.10

O pelourinho de Rebordãos

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (http://www.portaldahabitacao.pt/pt/ihru/) possui na Internet um sítio dedicado aos monumentos de Portugal (http://www.monumentos.pt/Monumentos/forms/000_B.aspx?Idioma=pt-PT) e que permite a pesquisa de conjuntos, monumentos, sítios e paisagens por distrito, concelho e freguesia. Se formos bafejados pela sorte, teremos acesso a fotografias de elevada resolução, como é o caso da do nosso pelourinho.


Assim, o Pelourinho de Rebordãos é um monumento protegido, de carácter "urbano, isolado, rodeado por habitações de um e dois registos, de carácter rústico", descrito como estando colocado "sobre soco com três degraus rectangulares, [que] assenta [em] base hexagonal bem como fuste monolítico do mesmo formato. A meia altura, o fuste apresenta semi-esferas. O remate é constituído por um bloco cúbico, com as arestas parcialmente cortadas por golpes côncavos, encimado por uma calote esférica."
Inicialmente, foi utilizado como um marco juridiscional e actualmente como um marco histórico-cultural da aldeia e mesmo do concelho. Apesar de ser propriedade estatal, encontra-se afectado à autarquia local, de acordo com DL de 1933.

Acredita-se que este monumento de arquitectura civil pública e medieval tenha sido construído entre os séculos XII e XIV e poderá ter marcado a atribuição de foral por parte de D. Sancho I em 1208 e posteriormente, em 1285, a concessão do segundo foral por D. Dinis. Luís Chaves, em "Os Pelourinhos Portugueses" (1930), classifica-o como sendo um "pelourinho de bloco ou coluço, derivado da gaiola em forma fechada, mas maciça". Em 1937, terá sido alvo de arranjo em granito dos degraus, inicialmente feitos de xisto.

Este pelourinho deu nome ao Bairro do Pelourinho, aqui com uma fotografia mais recente.

Rebordãos na obra de Abade de Baçal – Tomo I

Na sequência da tentativa de reunir informação de origens diversas no blog rebordanense, parti à exploração da obra do Abade de Baçal, de nome Francisco Manuel Alves, essa figura quase mítica que concentrava em si conhecimento à moda renascentista: homem completo nas várias artes e saberes. A obra deste abade encontra-se reunida nas “Memórias Arqueológico-históricas do distrito de Bragança” e organizada em 12 tomos. Este texto centra-se somente sobre o primeiro tomo e tenta reunir de forma significativa as informações dispersas neste mesmo tomo.
Rebordãos apresentava-se, no início do séc. XIX, como um território “encravado” e dependente de Bragança, enquanto outros circundantes se emancipavam face à cidade e acabavam por pertencer a outros distritos.
Em 1808, durante o domínio francês, o abade de Rebordãos, Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda, publicou uma “Memória abreviada e verídica dos importantes serviços que fez à nação o ex.mo snr. Manoel Jorge Gomes de Sepúlveda tenente-general e governador das armas da província de Trás-os-Montes, na feliz origem, e progresso da Revolução, que salvou Portugal”, por sinal seu irmão e pai de Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda, nome que ficou conhecido na nossa história política dos anos de 1820 a 1823. Este general alegava que, à semelhança do Francisco da Silveira Pinto da Fonseca que entrara em Vila Real e libertara o povo dos franceses, ele também o havia feito em terras de Bragança. No entanto, foi o abade de Carrazedo que recebeu pelo correio informações relativas à prisão dos franceses no Porto, logo comunicando à cidade tal facto: “levando vivas ao Príncipe Regente. O abade de Carrazedo e António Vicente Teixeira Sampaio anteciparam-se a Sepúlveda [general] em levantar o grito da insurreição” (Alves, 2000: 140-141), já que este se encontrava nesta altura numa missa na Igreja de S. Vicente! Contudo, tal como afirma o Abade de Baçal, sem o seu apoio, não teria sido possível a confirmação da revolta bragançana – ele foi o chefe da aclamação do governo legítimo em Trás-os-Montes.
Algum do encanto e atractividade que o abade de Rebordãos detém é o facto de os vários textos que deixou serem provas do seu liberalismo fogoso, especialmente porque durante o período do governo constitucional foram cometidas injustiças, das quais o próprio abade (e outros clérigos) teve de fugir, “deixando a trezena de Santo António e a novena do Coração de Jesus” (ibidem: 181). Tal foi a dimensão destes “horrores, crueldades e impiedades” (ibidem: 180) que alguns membros do clero trasmontano pegaram em armas contra o Governo constitucional. Desencadeou-se a revolta da província e quando as tropas constitucionais chegaram a Trás-os-Montes traziam um ofício que identificava o clero como o promotor da revolução: “entre os meios moraes da revolução, devia entrar o demasiado afêrro do estupido clero trasmontano ás maximas ultramontanas” (idem). Esta situação originou uma perseguição ao clero: “Vigario capitular, deão e conegos da cathedral de Bragança, parochos e ecclesiasticos os mais dignos e missionarios do exemplar Seminario de Vinhais, tão util á provincia e ao reino, tudo gemeu e nada escapou. Uns desterrados para terras remotas, outros presos em cadeias publicas, ainda mesmo onde havia aljube, como aconteceu em Bragança com o abbade de Alfaião e outros mais, só porque a inimizade e a intriga saciavam em denuncias a sua vingança.” (idem).
Resta assim saber quem era este personagem hiperliberal que marcou a região de Bragança e especificamente Rebordãos. Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda nasceu em Logroño, Espanha, presumivelmente em 1761 e morreu em Bragança, em 1851, com quase 90 anos. Foi nomeado abade de Rebordãos em 1790 e chegou mesmo a ser reitor do Seminário de Bragança entre 1817 e 1818. No entanto, este abade desde cedo demonstrou um descontentamento e uma discordância quase militantes face à autoridade religiosa, daí que, em 1803, tenha publicado a “Dissertação Histórico-Crítica sobre a Comunhão Frequente e Quotidiana”, na qual se insurge contra a comunhão diária, razão pela qual escreveu as suas “Memórias Históricas” contra o bispo de Bragança, António Cabral da Câmara, culminando na crise de 1834 (que será alvo de novos capítulos). Para além das memórias, escreveu igualmente “Apologias do Abade de Rebordãos” (contra as invectivas e calúnias do Abade de Medrões), “Exame Crítico” e “Apêndice ao Exame Crítico”. [baseado na Wikipedia e no “Diccionário bibliográfico português:
http://www.archive.org/stream/estudos00soargoog/estudos00soargoog_djvu.txt]
Entre outras informações, diz-se que Bragança era sede de um Auditório Eclesiástico, único da diocese, com vigário, promotor, dois escrivães, meirinho, aljubeiro e depositário das condenações. À jurisdição do Auditório pertenciam as vilas de Paçó de Vinhais, Nozedo, Ervedosa, Gostei, Rebordãos, Rebordainhos, Vila Franca, Vale de Nogueira, Failde e Carocedo com seus termos. As povoações que compunham o Auditório estavam agrupadas em secções determinadas pela orografia1 e hidrografia regional, chamadas ramos (ibidem: 361). Na altura das Memórias do Abade de Baçal, a diocese compreendia 17 distritos eclesiásticos, entre os quais Rebordãos era arciprestado com 19 freguesias, surpreendentemente maior número os arciprestados2 de Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais. Paralelamente, dá o nosso Abade informações extremamente completas sobre as côngruas3 arbitradas aos cónegos na diocese de Bragança no período entre 1864-1865: na freguesia de Mós de Rebordãos, orago4 de S. Nicolau, contavam-se 110 fogos e amealhavam 176$430 de lotação (no pé de altar e demais rendimentos), enquanto na freguesia de Rebordãos, orago de N. S. de Assunção, havia 157 fogos com 293$485 de lotação (ibidem: 397).
Entre os muitos pormenores peculiares destas obras de Abade de Baçal, há referências às delimitações territoriais entre povoações Um destes exemplos, é a deliciosa delimitação de Cabanellas: “(…) Cabeço das Lastras aonde esta um marco ao pé do Pennedo do Lombo das Lastras e d’ahi pela rodeira velha ao Cabecinho das Masmorras que esta entre as estradas que vão de Bragança para Rebordãos e d’ahi ao Lombo do Espinho aonde esta um marco entre Nogueira e Rebordãos e Cabanellas e d’ahi ao pizão que esta por baixo da estrada e dos lameiros de Rebordãos abaixo dos quaes esta o marco em uma touça aonde chamam Escaramanchão e d’ahi Ribeiro abaixo até o Poço da Pia onde commeçou esta demarcação acima de muitas terras, lameiros, prados, soutos, montes e outras mais arvores e humas casas sobradadas e outras terreas e de uma capella de S. Miguel, tera a demarcação em redondo duas léguas” (ibidem: 371).

1 tradição cristã paroquial e dever moral e religioso do crente contribuir financeiramente para a honesta e digna sustentação do seu pároco ou simplesmente a pensão dos párocos.
2 divisão administrativa em que um decano entre os presbíteros de um arciprestado é responsável pela correcta execução dos deveres eclesiásticos e pelo estilo de vida daqueles que estão sob sua autoridade
3 descrição do relevo de uma região
4 patrono ou padroeiro, santo que a quem é dedicada uma localidade ou povoação

28.1.10

As novenas e as brumas da Senhora da Serra


No fim do mês de Agosto, é habitual terem início uns nevoeiros cerrados sobre a Serra da Nogueira, Bragança, trazendo um frio pouco habitual às manhãs deste mês ainda de verão. Dizem os rebordanenses que estas névoas são muito comuns e que estas marcam o fim do Verão. Verdade ou não, certo é que as manhãs esfriam e as noites arrefecem assutadoramente, culminando em temperaturas consideravelmente baixas.

As névoas costumam anteceder as novenas da Festa da Senhora da Serra, santa à qual a romaria é dedicada e que costuma atrair centenas de pessoas à serra. Diz a lenda que a santa fez a sua aparição e prometeu que cairia neve em pleno Agosto. Como tal sucedeu, ergueu-se um santuário e uma capela à santa, e mais tarde uma igreja, e deu-se início à romaria. Entretanto, a Confraria da Senhora da Serra construiu os quartéis e as marés de gente têm-se sucedido, todos os anos.

19.9.09

Castelum de Tourones - Revordanus

A importância estratégica do território de Rebordãos foi valorizada por todos os indivíduos que nela se interessaram. Mesmo supondo que a sua ocupação efectiva coincida com a ocupação romana ou somente a partir do século IV D.C., o seu nome é já duplamente referido nas Inquirições de 1285, como Revordanos e/ou Rebordãos. Claro está que este topónimo se refere à sua essência naturalista e transmite um claro sentido de "monte de carvalhos".
D. Sancho I concede foral a esta povoação em 1208, espaço importante e com privilégios decorrentes da sua integração na Casa de Bragança. Pois é neste foral que surge a alusão ao "castelum de tourones" na escrita latina: "(...) miles tenuerit castelum de Tourones pouset regalendo(...)", que segundo o ilustre e entusiasta Francisco Felgueiras (Amigos de Bragança, 1966: 19) significava que o cavaleiro fidaldo que detinha o castelo de Tourões estava impossibilitado de pousar em terras reguengas quando o desejasse, ou seja, nas terras de Rebordãos.
Situado num ponto alto da aldeia, está assente num maciço rochoso, "fragueiro gigantesco", com acesso limitado a sul e a nascente. A poente, o declive é repentino e corta um vazio de grande altitude, que lhe afirma distinta honra e temor para aqueles que o avistam ou visitam.
Esta fortificação terá sido ocupada por um sarraceno que se orgulhava do seu domínio sobre as várias povoações circunvizinhas e das quais exigia um tributo violento de várias mulheres, destinadas a animar e enriquecer o seu harém. Este dominador, mouro de referência, gostava de conservar o seu poder e mantinha bem alimentado um conjunto de leões que oferecia uma inegável defesa do castelo e dissuadia qualquer tipo de revolta popular contra o fidelíssimo ocupante.
O tempo encarregou-se de fazer produzir no imaginário dos seus habitantes (dominados e sujeitos a tal obrigação) uma forma de ocupar o castelo e assim desenhou-se a traição desejada. Consta então na lenda local que uma das escravas, sendo devidamente avisada para o efeito, e num momento de aparente tranquilidade e em pleno cenário nocturno, escapa do seu indesejado inferno e acende uma vela num local visível pelos conspiradores e assinala assim o destino do mal amado sarraceno. A noite terminaria com a ocupação do castelo e a morte do seu régulo. O ódio dos ocupantes (antes dominados) concretizou o resto do desejo colectivo em destruir os bens e o que o castelo representava e assegurou a vida das donzelas aprisionadas.
Ora o local onde a vela terá sido acesa ainda hoje é conhecido pelo vale da vela acesa ou, melhor dizendo, segundo a sabedoria local, o "Lameiro da Talvela".
O castelo ainda marca uma presença discreta mas, para aqueles que experimentam a sua existência, fortes emoções e sentimentos de respeito e atenção são-lhe seguramente atribuídas. Este local decerto que assumiria um cenário da luta entre cristãos e sarracenos, ou noutro cenário mais longínquo um local estratégico para a comunicação de sinais de fumo ou de acesas luzes nas noites de apelo aos povos vizinhos...
Remeto para a vossa imaginação a força desta rocha da memória e evoco os "velhos baluartes de defesa da região: castelo de Bragança e Outeiro, o de Vimioso e Azinhoso ou de Mogadouro e Penas Roias, até ao de Monforte"! Fitar este castelo assente na natureza representa sempre um retomar da nossa história e um sentimento de respeito e (in)significância... O carvalho-negral é belo e infinito, é sangue novo para quem respira no seu ventre, é sorte única contemplar a sua força colectiva. É Rebordãos em pessoa!

18.9.09

A razão de ser

Enquanto navegava no ciberespaço há uns dias atrás, encontrei-me com uma série de blogs sobre as terras do concelho de Bragança, entre as quais Rebordaínhos. Reflecti um pouco e conclui que seria uma boa ideia criar um blog sobre Rebordãos, aldeia onde habitámos há cerca de 6 anos. Apesar de sermos tripeiros de gema, esta aldeia tem-nos fascinado acima de tudo pela sua natureza, especialmente a Serra de Nogueira, pelas suas gentes e pela aura de calma e paz. Esta é a verdadeira razão de ser deste blog...
 
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Este trabalho de Cláudia Martins e Sérgio Ferreira, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial 3.0 Não Adaptada.